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domingo, 13 de julho de 2014

O real Racismo brasileiro

As cotas raciais são uma política racista que promove a divisão da sociedade pela cor da pele. A sua base são as políticas do Apartheid da África do Sul e a segregação racial americana.


Leia o que vai na Wikipédia sobre o racismo e reflita:

O racismo é um preconceito contra um “grupo racial”, geralmente diferente daquele a que pertence o sujeito, e, como tal, é uma atitude subjectiva gerada por uma sequência de mecanismos sociais.
Um grupo social dominante, seja em aspectos econômicos ou numéricos, sente a necessidade de se distanciar de outro grupo que, por razões históricas, possui tradições ou comportamentos diferentes. A partir daí, esse grupo dominante constrói um mito sobre o outro grupo, que pode ser relacionado à crença de superioridade ou de iniquidade.
Nesse contexto, a falta de análise crítica, a aceitação cega do mito gerado dentro do próprio grupo e a necessidade de continuar ligado ao seu próprio grupo levam à propagação do mito ao longo das gerações. O mito torna-se, a partir de então, parte do “status quo”, fator responsável pela difusão de valores morais como o "certo" e o "errado", o "aceito" e o "não-aceito", o "bom" e o "ruim", entre outros. Esses valores são aceitos sem uma análise onto-axiológica do seu fundamento, propagando-se por influência da coerção social e se sustentando pelo pensamento conformista de que "sempre foi assim".
Finalmente, o mecanismo subliminar da aceitação permite mascarar o prejuízo em que se baseia a discriminação, fornecendo bases axiológicas para a sustentação de um algo maior, de posturas mais radicais, como as atitudes violentas e mesmo criminosas contra membros do outro grupo.
Convém ressaltar que o racismo nem sempre ocorre de forma explícita. Além disso, existem casos em que a prática do racismo é sustentada pelo aval dos objetos de preconceito na medida em que também se satiriza racialmente e/ou consente a prática racista, de uma forma geral. Muitas vezes o racismo é consequência de uma educação familiar racista e discriminatória.

 As cotas raciais nasceram no Brasil importadas, com o objetivo de diminuir a distância de oportunidades entre brancos e negros, ao fornecer vagas exclusivas para os afrodescendentes nas universidades. A justificativa inicial era que negros compõem a maioria dos pobres, consequentemente, são os mais atingidos pela educação pública de baixa qualidade, incapazes de competir com a parcela branca que estuda em escola particular. 

O avanço das cotas tem atingido as mais variadas áreas. Recentemente, o Congresso aprovou as cotas raciais para negros em concursos públicos. Há uma discussão para a criação de cotas para parlamentares. Pesquisas surgem todos os dias, mostrando a situação nas carreiras mais privilegiadas do país onde haveriam poucos negros, como magistratura e diplomacia. É um movimento organizado, baseado na ideia de raça para promover privilégios a um grupo de nossa sociedade. 


Como cita o trecho do artigo na Wikipédia, o mito foi criado, alimentado, difundido e agora é aceito sem contestação. Qualquer indivíduo que se oponha ao mecanismo de cotas raciais é classificado automaticamente como racista. Sem que os seus argumentos sejam sequer analisados. 

É interessante notar, que pelo menos no Brasil, racismo se tornou sinônimo de qualquer atitude contra negros. É como se em nosso país, não existe racismo contra brancos, ou qualquer outra etnia. Automaticamente, sem raciocinar, sempre que vemos falar em racismo logo remetemos a qualquer atitude tomada contra um negro. 


O apelo ao sentimentalismo

O fato de negros terem sido a maioria dos escravos no Brasil (haviam também índios e brancos entre os escravos), e de comporem atualmente a maioria da camada pobre de nossa população, são o argumento básico usado pelos defensores do racismo pró-negros para justificar a sua pauta de reivindicações de privilégios. 

O apelo ao lado emocional é irresistível. Qual o ser humano não se comove com a ideia de um humano ser tratado como mercadoria? Ou desprezado apenas por sua cor? Transformar esse sentimento honesto de empatia ao próximo em base de luta política é oportunismo, por tirar a argumentação de uma esfera racional para uma esfera emocional, a qual não pode ser contraposta racionalmente.

Ninguém pode negar que os negros sofreram na escravidão, e que compõem a maioria dos que sofrem com a pobreza em nosso país. Mas, isto, não pode ser transformado em argumento para buscar privilégios para este grupo da nossa sociedade. E, é algo que os líderes do movimento negro lutam para que permaneça como está, mantendo a discussão num âmbito mais emocional que racional. Pois, se a discussão detivesse-se em fatos e dados, os líderes não conseguiriam todo o conjunto de privilégios e benefícios que tem alcançado ao longo dos anos. 

Alguns dados para refletir sobre o nosso racismo


A mistificação do racismo no Brasil, tornou este num crime monopolizado. De um lado os praticantes são todos brancos, do outro lado, as vítimas são todas negras. Apesar, de por definição o racismo ser qualquer ato de discriminação motivado pela cor da pele, em nosso país, falar em racismo é o mesmo que falar em discriminação contra negros. O que logo de partida cria uma distorção, novamente favorável aos negros, pois, lhe permite praticar o seu preconceito livremente, sem que isto jamais seja tratado como racismo. Os raros casos em que brancos alegam terem sido discriminados por sua cor, são tratados como ridículos. 

Experimente digitar no google a seguinte pesquisa na caixa de busca: "notícias sobre racismo". Você pode pesquisar em todas as páginas e verá que as notícias divulgadas sobre o tema em nosso país, envolve algum tipo de discriminação contra negros. Eventualmente, verá casos de racismo contra outros grupos étnicos como asiáticos ou judeus, mas, todos estes casos são no exterior. 

O movimento negro tem sido bem sucedido em criar e reforçar o mito do racismo no Brasil, de modo que isto logo se torne uma verdade inconteste (retorne sempre ao trecho acima extraído da Wikipédia). Arrisque-se a dizer que não somos um povo racista e logo você se torna um exemplo de indivíduo racista. Não faz sentido, mas, a lógica e os equívocos de correlação e causalidade são habilmente ignorados. 

Uma pesquisa do Data Popular foi usada como argumento para demonstrar que o brasileiro é racista. A pesquisa apontou que 92% dos brasileiros consideram que há racismo no Brasil. Mas, atente para o dado surpreendente: apenas 1,3% se declararam racistas. O primeiro dado surpreende, porque era de se esperar que 100% dos brasileiros considerassem haver racismo no Brasil. É fato, que num país formado por 200 milhões de pessoas haverá pelo menos um indivíduo que será racista. O segundo, não surpreende tanto, pelo menos, para quem não foi convertido pelo ideia de um racismo exarcebado no Brasil. Devemos, entender, no entanto, que o número 1,3% está subestimado, com certeza o número de brasileiros racistas deve ser maior, pois, as pessoas evitam expor suas opiniões negativas em pesquisas. Por exemplo, na própria pesquisa indica que 16% dos homens brancos não gostariam de ver suas filhas casadas com um negro. 

Mas, não espere racionalidade, o dado que ficará em evidência é que 92% dos brasileiros creem que existe racismo no Brasil, e isto será utilizado para afirmar que o brasileiro é racista. Apesar desta ser uma questão que afeta pessoas de todas as etnias, será algo para reforçar a busca de mais benefícios para a parcela negra da nossa sociedade. Ainda que o racismo possa atingir também brancos e outros grupos étnicos. 


A solução racista e seus privilegiados

A solução racista é limitada, e incapaz de tirar a maioria dos negros da situação de pobreza, ao contrário, tende a criar uma elite negra, que será diferente da elite branca apenas pela cor da pele, mas, que demonstrará o mesmo apetite por privilégios que esta. (Note-se que o termo elite aqui é usado no sentido popular brasileiro, que indica uma parcela da sociedade privilegiada, e não em seu sentido formal).

Cotas raciais para ingresso em universidades beneficia os negros mais preparados e que de certa forma, já teriam maiores chances de ingressar numa universidade mesmo sem o benefício da reserva de vagas. Ainda que, por efeito colateral, alguns poucos negros possam atribuir o seu acesso à universidade, exclusivamente, à existência das cotas. 

O mesmo ocorrerá com as cotas para concursos públicos. Alguns negros terão seu ingresso facilitado, por terem para si 20% das vagas, o que reduz em muito a concorrência existente nos concursos, mas, somente os melhores, que provavelmente teriam condições de serem aprovados sem as cotas serão beneficiados. A maioria dos demais negros, continuarão sendo reprovados, pelo menos, nos concursos mais disputados. 

E isto revela, que o movimento negro é um movimento voltado para a conquista de privilégios e benefícios para os seus membros. Todas as conquistas recentes do movimento são no sentido de obter do Estado garantia de condições privilegiadas, que beneficiam a uns poucos, e que mantém a maioria em sua situação de pobreza. Não há qualquer luta, ou qualquer conquista que possa ser reconhecida como um direito amplo a todos os negros na prática, apenas na teoria. 

E não surpreende, uma luta que nasce em uma base discriminatória, como é a luta racial no Brasil, é incapaz de solucionar problemas de forma universal. Observe, que o linguajar do movimento negro fala sempre em avanços, uma forma similar de dizer a mesma coisa, seria dizer que para uma parcela dos negros um novo privilégio foi obtido. Note-se ainda que o esforço é todo direcionado para as cotas, mas, não há o mesmo empenho para lutar por melhorias na educação pública como um todo. Não se sabe, por exemplo, como aqueles negros que estudam em escola pública sem qualidade ou que não conseguem concluir o ensino médio, podem de alguma forma serem beneficiados por cotas em universidades.

A longo prazo, as políticas discriminatórias tendem a perpetuar a situação, formando como dito, uma elite negra, que explora a pobreza dos que estão abaixo para obter ainda mais privilégios. Daqui há alguns anos, os filhos dos negros beneficiados por cotas, terão certamente o benefício de viver em condições melhores, estudar em escolas melhores, e tendem a ser também futuramente beneficiados pelos mesmos direitos que seus pais foram, perpetuando a situação atual.

Uma solução não racista

As cotas raciais são o nosso Apartheid às avessas. Se na África do Sul o Apartheid punia negros por serem negros. No Brasil, o sinal foi trocado, pretende privilegiar negros por serem negros. E o termo correto é este, luta por privilégios. 

Ao se opor a cotas raciais e qualquer política similar, não se está negando que negros possam ter melhores oportunidades, ou mesmo negando o passado de escravidão. A oposição às cotas é um reconhecimento de que esta política é tão racista quanto foi o Apartheid na África do Sul, por mais polêmica que esta afirmação pareça. O oposto da ausência de uma política que proteja os discriminados racialmente, não é uma política que reforça o seu aspecto racial. 

A solução não racista para problemas de discriminação racial, atua no sentido de eliminar qualquer descrição racial de nossa cultura. Valorizar a aparência "black", a música e a cultura negra, segrega a população e reforça o racismo. Ao criar a ideia de que uma mesma coisa possa ter significados e valores diferentes a depender da cor da pele do grupo majoritário que a realiza ou consome. 

Seriam o samba, o hip hop, o rap, o funk, músicas de negro, ou simplesmente música, como são a bossa nova, a música erudita ou a eletrônica? O cabelo crespo é cabelo de negro, ou um dos muitos tipos de cabelos da espécie humana, como o liso ou o cacheado? 

Não há igualdade numa sociedade que cria distinções entre seus membros. Um direito ou dever que não valha para todos os cidadãos é um direito ou dever segregador, não igualitário. 

Se existem barreiras que impedem os negros de ascender socialmente, que os discriminam injustamente, que os relegam a uma posição subalterna, ela deve ser combatida em seu aspecto amplo. O problema não é que um negro está sendo desprezado por ser negro, o problema é que um ser humano está sendo desprezado por ser de uma determinada cor. 

É importante, e interessante para toda a sociedade combater as razões que impõem aos negros ainda hoje condições de pobreza, comparáveis ao que viviam no período final da escravidão. Mas, é importante ter uma visão mais ampla e perceber que a mesma pobreza que atinge negros, atinge também uma quantidade enorme de pardos e brancos. Portanto, problemas conhecidos como falta de acesso a uma educação e saúde de qualidade, baixa qualidade da moradia, vidas limitadas a regiões menos seguras, falta de oportunidades, atingem mais fortemente à população negra, mas, qualquer brasileiro de qualquer etnia que viva em condições parecidas sofre os mesmos problemas. Será que um indivíduo, branco de olhos claros que more numa favela dominada pelo tráfico está em maior segurança que seu vizinho negro? 

A solução não racista reconhece que pela construção histórica de nossa sociedade, os negros foram destinados a ocupar em maior escala uma posição mais próxima à base da pirâmide, mas, busca reverter esta situação não porque se trata de pessoas negras, mas, porque é inaceitável para a sociedade que queremos construir, que alguns de nós vivam em situação de pobreza. E não é preciso olhar para a cor da pele do indivíduo para chegar a esta conclusão.

O racista do passado e o racista moderno

O racista do passado era aquele que reduzia o valor como ser humano de um indivíduo por ser de uma determinada etnia. O racista moderno é aquele que valoriza um indivíduo por ser de determinada etnia. 

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